RECURSOS FISIOTERAPEUTICOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO VAGINISMO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Resumo
Introdução: O vaginismo é uma disfunção sexual definida como uma contração involuntária persistente ou recorrente dos músculos do assoalho pélvico (MAP). As mulheres relatam dor e outros sintomas, como náusea, sudorese, dispneia e taquicardia, em decorrência do medo, tensão e espasmo muscular, provenientes desta patologia. A etiologia ainda é desconhecida, mas há estudos que comprovam que fatores biopsicossociais como abuso sexual, traumas emocionais, educação, crenças religiosas, medo de engravidar, ou mesmo alterações osteomusculares, podem ocasionar o vaginismo, impossibilitando a relação sexual, exames ginecológicos ou uso de absorventes internos. A fisioterapia pélvica mostrou-se extremamente necessária no tratamento de disfunções sexuais em mulheres, melhorando a qualidade de vida e satisfação sexual entre parceiros. Objetivo: O objetivo do presente estudo é pesquisar na literatura a atuação da fisioterapia pélvica no tratamento de disfunções causadas pelo vaginismo. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir de estudos publicados em revistas eletrônicas no período entre 2015 e 2023 nas bases de dados PubMed, MEDLINE, SciElo e Lilacs. Resultados: A fisioterapia pélvica mostrou-se benéfica para o tratamento de mulheres com vaginismo. Recursos como a conscientização corporal, biofeedback, eletroestimulação, termoterapia, terapia manual, cones vaginais, cinesioterapia e relaxamento da musculatura do assoalho pélvico mostraram-se eficientes no tratamento desta patologia. Conclusão: Com base nos artigos estudados, conclui-se que o vaginismo está presente no cotidiano das mulheres, entretanto muitas ainda não identificam o problema ou se sentem envergonhadas de buscar o tratamento adequado. Considerando que as disfunções sexuais são um problema de saúde pública, e pode afetar a qualidade de vida das mulheres, a fisioterapia com recursos como cinesioterapia, dessensibilização, eletroestimulação e terapia manual se mostra eficaz e melhora a satisfação sexual da população estudada.
